quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

 meu último texto foi de outubro/2024, e eu nem posso dizer que não tive tempo de escrever, porque eu tive. mas sempre optei em escrever pra ti, porque tu merece ler pessoalmente cada linha do que falo de ti. mas não posso deixar escapar nenhuma oportunidade de te dizer o tanto que te amo, de ser o mais clichê possível, de expressar toda romanticidade que estava adormecida em mim. porque nunca vivi um amor tão profundo,  suave e certo na minha vida toda. tu é alguém que ocupa um espaço TÃO BONITO em mim, que eu queria mostrar pro universo todo o que é um amor fácil. não quero desmerecer nenhuma vivência anterior, porque só sou quem sou hoje por um somatório de tudo que vivi, absorvi e senti ao longo da vida. mas é surreal nosso vínculo, nossa facilidade em existir conjuntamente, cada um no seu mundo e permitindo que o outro acompanhe sempre que possível. quero gritar pra todo mundo ouvir o quanto te admiro como pessoa, o quanto me sinto acolhida, amada e admirada por ti, o quanto posso ser o mais esquisita possível tendo a certeza do teu amor.

essa certeza nunca fez parte de mim, a insegurança sempre foi latente. mas agora não é,  porque é contigo. é fora do comum, fora do eixo e fora da receita pronta. e é a coisa mais deliciosa que eu já vivi. sigo ciente, querendo continuar e torcendo pra tudo seguir melhorando como é desde o início. 


te amo absurdos, te amo milhões. te amo pra sempre e sempre.

sábado, 5 de outubro de 2024

vivi absurdamente por muito tempo. internamente, secretamente, tudo que eu esperava e desejava não acontecia. e eu entendia que não era pra ser, não era a hora, não era pra mim. mas algo sussurrava ao fundo uma frase quase inaudível,  que insistentemente voltava e voltava martelando na minha mente: acolher o outro deveria ser o mesmo que se acolher, não deveria ser tão difícil.  e agora eu entendi, finalmente entendi o porquê ela voltava e voltava a aparecer. porque é verdade.  eu não posso viver acolhendo, sem me acolher primeiramente. e FINALMENTE,  quando pude fazer isso de verdade, eu fui acolhida por alguém. escolhida, diria até selecionada a dedo, considerando a quantidade de coisas em comum ou complementares que a cada dia aparecem. a delícia de se descobrir no outro é algo que nunca senti antes. estou ciente e quero continuar. me espanto com certa rapidez com que as coisas acontecem, mas não com a intensidade. essa sempre foi bem vinda e nunca chegava. até que chegou. com alguém que vem se tornando minha pessoa favorita.  sem exageros ou clichês,  que coisa incrível é ver o amor acontecendo, existindo e se movendo. cada vez mais, cada dia mais, cada palavra mais. obrigada por abraçar o meu caos, me acolher e permitir que eu possa ocupar um espaço em ti, da mesma forma que tu ocupa em mim.

quinta-feira, 19 de setembro de 2024

 por várias vezes ao longo da vida entendi que o espaço que ocuparia no mundo era da invisibilidade. por diversas vezes acreditei que não queria ser vista, observada, notada. que não necessariamente merecia a atenção propriamente dita de outro alguém. mas algo mudou. se fui eu ou o mundo, não sei explicar, mas mudou. posso estar me precipitando, e provavelmente esteja mesmo, mas tem algo inquieto aqui dentro. completamente doido pra sair, depois de muito tempo adormecido. depois de muito tempo escondido, invisível. e que não consigo mensurar, mas é bom. poderia dizer que traz paz, mas não é sobre isso. tem muito mais a ver com o caos interno ser abraçado por outro, celebrado até. nunca aconteceu antes, mas sigo sendo abraçada, e abraçando da mesma forma. que seja incrível, enquanto puder ser, enquanto couber, enquanto transbordar.

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

 sinto saudade de mim. de quem já fui, da expectativa em ser mais, do que ainda quero vir a ser. o devir me contempla, mas permaneço carente de mim mesma. o processo de autoconhecimento me levou a lugares bastante obscuros, que nem sei se mereciam vir à tona. mas vieram, e demandaram uma reconstrução interna absurda pra que se acomodassem. mas não entendo, não penso, não reflito no porque disso tudo. sei que existir não demanda lógica, mas talvez fosse o caminho mais simples pra entender o porquê realmente estamos onde estamos. e nesse âmbito, como velha conhecida de mim mesma, me vejo carente de muita coisa. com um aperto no peito por não sei o que. com uma visão de mundo completamente míope pro que realmente importa. eu gostaria de me entender plenamente de novo, parar de alimentar esse precipício interno que ocupa o espaço onde antes morava meu coração. eu sou puro carinho, mas também sou saudade. de um passado tão próximo e um futuro tão inexistente. têm me faltado palavras,  mais uma vez, mas eu insisto. e seguirei insistindo,  por uma teimosia não tão saudável em jorrar sentimentos.

domingo, 13 de novembro de 2022

 paro em frente ao espelho enquanto me julgo oca. já escrevi sobre isso, já senti isso. porque a sensação de vazio permanece depois de tantos anos? penso que sou casa de tudo que sinto, de todas experiências que tive, de tudo que compartilhei. mas porque é tão difícil entender se algo está machucando de verdade ou se não sinto mais nada? deveria ser uma definição bastante óbvia. porém preciso de tempo pra colocar em ordem os fantasmas que habitam a casa (eu). e também as vezes, só as vezes, queria alguém pra me ajudar a enfrentá-los. eles não vão te machucar, mas preciso que esteja disposto a vir (a existir). você vem? 



te espero com a porta escancarada, já não há motivos para chaveá-la

 como dito previamente, a tranquilidade segue controlando meu cotidiano, recheado de caos. mas vezenquando tem alguém que chama atenção, que talvez esteja clamando aos céus que seja possível alguma intervenção divina pra resolução de sua questão. e eu estou lá; não para resolver, muito menos pra fornecer um desfecho menos trágico. estou lá para cobrir o abismo alheio. estou lá para que o outro possa perceber que é seguro conhecer pessoas e seguir com sua vida, que a melancolia também é bonita e que tem gente boa espalhada por aí. mas no minuto seguinte em que o abismo dele dá sinal de cicatrização, a dispensa vem. mas não com um sonoro nunca ou um retumbante jamais. mas com toques de sutileza, que mascaram tudo aquilo que a pessoa acha que escondeu mas que está bem a frente. ser usada por alguém poderia estar no topo de estratégias de funcionamento da cadeia alimentar porque esse estrago não é externo, ele vem de dentro. e corrói tudo que vê pela frente. e o abismo sou eu, de novo. mesmo a queda não assustando, torno a cair sem previsão de chegada. bem vindo ao lar, coração apertado, não percebi mas senti sua falta.

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

 completamente absorta no meu silêncio, observo o caos como parte essencial de mim. é assustador pensar o quanto esse mesmo caos já foi eixo organizador e o papel que passou a ocupar recentemente. sigo caótica, mas com uma leveza nunca antes observada. não poderia imaginar a possibilidade disso acontecer até pouco tempo atrás, quando entendi que o caminho faz parte da descoberta final e que talvez seja o mais importante. que alívio é entender que o caos me ordena, mas não me domina. não mais, nunca mais. sigo com o coração nos pulsos, como sempre fui, mas agora sem que isso seja um peso. todo sentimento torna-se válido quando entendemos o lugar dele na vida. e eu entendi: a tranquilidade também tem lugar nesse terreno que é a minha mente.