vivi absurdamente por muito tempo. internamente, secretamente, tudo que eu esperava e desejava não acontecia. e eu entendia que não era pra ser, não era a hora, não era pra mim. mas algo sussurrava ao fundo uma frase quase inaudível, que insistentemente voltava e voltava martelando na minha mente: acolher o outro deveria ser o mesmo que se acolher, não deveria ser tão difícil. e agora eu entendi, finalmente entendi o porquê ela voltava e voltava a aparecer. porque é verdade. eu não posso viver acolhendo, sem me acolher primeiramente. e FINALMENTE, quando pude fazer isso de verdade, eu fui acolhida por alguém. escolhida, diria até selecionada a dedo, considerando a quantidade de coisas em comum ou complementares que a cada dia aparecem. a delícia de se descobrir no outro é algo que nunca senti antes. estou ciente e quero continuar. me espanto com certa rapidez com que as coisas acontecem, mas não com a intensidade. essa sempre foi bem vinda e nunca chegava. até que chegou. com alguém que vem se tornando minha pessoa favorita. sem exageros ou clichês, que coisa incrível é ver o amor acontecendo, existindo e se movendo. cada vez mais, cada dia mais, cada palavra mais. obrigada por abraçar o meu caos, me acolher e permitir que eu possa ocupar um espaço em ti, da mesma forma que tu ocupa em mim.
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