sábado, 1 de maio de 2021

 a sinestesia toma conta de minha mente, e não sei mais dissociar as cores que vejo, os cheiros que percebo, de tudo o que sinto. talvez me tornei uma acumuladora de sentimentos, porque certas sensações são difíceis de serem deixadas de lado. mas a vida e as cores me ensinaram que é possível organizar esses sentimentos pra que não sejam tão latentes. e das mil opções que pude escolher (ou ser escolhida), hoje estou azul. independente do que isso significa efetivamente, sou azul. e já não dói tanto reconhecer isso. que a sinestesia que me trouxe o azul, possa trazer a você também. ele é lindo visto daqui.

um mundo inteirinho azul e o menino azul incluído. que ironia do destino, pra quem sempre preferiu o laranja. deixa as cores virem como devem vir, cada qual a seu tempo, digo a mim mesma. como quem precisa de um lembrete constante que a entrega assusta, mas vale a pena.

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