domingo, 13 de novembro de 2022

 como dito previamente, a tranquilidade segue controlando meu cotidiano, recheado de caos. mas vezenquando tem alguém que chama atenção, que talvez esteja clamando aos céus que seja possível alguma intervenção divina pra resolução de sua questão. e eu estou lá; não para resolver, muito menos pra fornecer um desfecho menos trágico. estou lá para cobrir o abismo alheio. estou lá para que o outro possa perceber que é seguro conhecer pessoas e seguir com sua vida, que a melancolia também é bonita e que tem gente boa espalhada por aí. mas no minuto seguinte em que o abismo dele dá sinal de cicatrização, a dispensa vem. mas não com um sonoro nunca ou um retumbante jamais. mas com toques de sutileza, que mascaram tudo aquilo que a pessoa acha que escondeu mas que está bem a frente. ser usada por alguém poderia estar no topo de estratégias de funcionamento da cadeia alimentar porque esse estrago não é externo, ele vem de dentro. e corrói tudo que vê pela frente. e o abismo sou eu, de novo. mesmo a queda não assustando, torno a cair sem previsão de chegada. bem vindo ao lar, coração apertado, não percebi mas senti sua falta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário