quinta-feira, 5 de setembro de 2019

e me encontro novamente aqui. sentindo e revivendo tudo que me quebrou. tudo que eu achava que já havia superado. a dor é exatamente a mesma. escolhi escondê-la por tanto tempo para poder viver. neguei minha rendição a ela, porque não era justo o sacrifício. mas hoje, alguns gatilhos trouxeram tudo de volta. e essa dor ainda machuca. algo dentro de mim não funciona mais e, se eu fosse Alice, diria que é a alma. colocar a dor em palavras é o melhor remédio que conheço, e é como tento resistir e (re)existir diante desse buraco. ele me chama a todo momento. talvez eu seja engolida por ele essa noite. e diante disso posso afirmar que quanto mais a gente acha que superou algo, mais fácil a gente deixa aquele algo nos atingir novamente. me vejo oca. eu gostaria de poder ser só eu de novo, isso é pedir demais?

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